Capítulo 104
Na esquina do café.
Sentado ali no cantinho, com um boné na cabeça, eu aguardava a chegada de Mafalda. Até agora, ela era a única pessoa em quem eu confiava de verdade. Além dela, eu não me atrevia a depositar minha confiança plena em mais ninguém.
“Mafalda, você veio até aqui porque precisa de algo?” – Ela sentou-se à minha frente, visivelmente irritada. Dava para perceber que o humor dela não estava nada bom.
“Eu vi as notícias na internet, falando que o assassino não vai parar, que vai seguir matando. Com certeza, haverá outra vítima.” – Eu olhei ao redor, nervosa: “Eu sei quem é o assassino, mas não tenho provas…”
Mafalda me encarou com desconfiança: “Você sabe quem é o assassino?”
“A pessoa está morando agora na casa da Luna…” – Eu temia que Mafalda não acreditasse em mim.
Mafalda olhou para mim, incrédula: “Você ficou maluco?”
Levantei a mão, esfreguei o rosto e respirei fundo: “Desta vez, acredite em mim, é a pura verdade. Peça ao Benito para ficar de olho nessa pessoa… com certeza, ela vai agir novamente.”
Mafalda me olhou, dividida entre acreditar ou não: “Eu estive na casa da Luna ontem e não vi nenhum assassino, como assim?”
“Não vá mais lá. O assassino está se escondendo dentro da casa, você só ainda não sabe.” – Eu olhava para Mafalda, nervosa, preocupada com a segurança dela.
Mafalda se manteve cautelosa: “Por que você sabe de tudo isso? Quem é você, afinal?”Content © copyrighted by NôvelDrama.Org.
“Você não acreditaria se eu dissesse que sou a Luna… nem eu mesmo acreditaria.” – Suspirei: “De qualquer forma, meu único objetivo é revelar a verdade, limpar o nome da vítima e levar o assassino à justiça.”
Eu queria proteger Mafalda, não queria vê-la se machucar.
Mafalda me olhou como se eu fosse um louco, demorando para responder: “Você tem certeza de que está com a cabeça no lugar?”
Fiquei um pouco irritada, mas entendia o ponto de vista de Mafalda. Afinal, uma pessoa estranha aparecer do nada dizendo que é parente de alguém que morreu faz pouco tempo, isso certamente é chocante e assustador.
Eu respirei aliviada: “Obrigada, eu realmente não quero ver mais ninguém se machucar.”
Eu também baixei a cabeça, desanimada: “É, essa pessoa é muito perigosa, matou tantas pessoas…”
Ele agia como se não deixasse nenhum rastro.
Eu também balancei a cabeça: “Eu também não.”
Eu suspirei aliviada e olhei para o relógio.
O Grupo Macedo também estava em apuros, com Evandro e seu filho no controle da empresa, seria difícil eu me infiltrar.