Capítulo 69
Capítulo 69
Liliane e Marcela trocaram olhares cúmplices sem dizer uma palavra.
Sem o hábito de espionar atrás de portas, elas seguiram diretamente para a sala
privada.
Contudo, as palavras de William fizeram elas pararem após alguns passos.
Você está grávida? A voz grave do homem estava cheia de surpresa.
–
Mavis assentiu com tristeza.
Há um mês, William. Eu não pretendia forçar você a se casar comigo por causa do
bebê. Se você não quiser, posso abortar. Disse Mavis.
Não é necessário! – Disse William, com a voz glacial.
Liliane sentiu como se tivessem jogado um balde de água fria sobre ela, congelando
ela no lugar. Pela forma como William falava, ele estava disposto a aceitar o filho de
Mavis?
– Lili… – Chamou Marcela, preocupada, olhando para ela.
Os cílios de Liliane tremeram.
– Vamos… Disse Liliane, tremendo.
Marcela puxou ela em direção à saida.
Vamos para casa. – Sugeriu Marcela.
Não. Liliane respirou fundamente. Vamos para a sala privada e comer.
–
Dentro da sala privada, Liliane se sentou atordoada, acariciando instintivamente o
ventre, sentindo uma dor aguda no coração.
Por um momento, ela lamentou ter engravidado.
– Li… Liliane!! – A voz preocupada de Marcela a trouxe de volta. Ela olhou para Marcela, que estava furiosa.
– Apaque essas lágrimas! Disse Marcela, entregando a ela um lenço. Liliane tocou of rosto, percebendo tarde demais as lágrimas que calam. Marcela tentou consolar ela
Não chore, se precisar, eu ajudo a cuidar dos seus bebès! Os homens são
simplesmente inúteis. Como ele pode tratar você assim?
– Fale mais baixo. Disse Liliane, em voz baixa.
–
William estava na sala ao lado e Liliane não queria ser descoberta. Menos ainda ver
Mavis se vangloriar.
Se ele ouvir, que ouça! Eu até abriria mão do meu trabalho. Não quero lidar com a
dramática da Mavis todos os dias! – Disse Marcela, revirando os olhos.
Liliane deu um tapinha na mão de Marcela, acalmando seu temperamento explosivo.
Esta bem, estou bem. – Disse Liliane.
– Você etsa agindo como se nada tivesse acontecido? Ficou parecendo que perdeu a
alma há agora! Mavis sabe como roubar ele, por que você desistiu tão facilmente? Eu
poderia ficar louca com você! – Resmungou Marcela.
– Você quer que eu me envolva entre eles para sempre? Já estou cansada desse
–
termo “amante” e não serei a terceira pessoa entre eles. Respondeu Liliane.
Agora, ela sabia quem merecia amor e quem não. Por ódio e pela criança, ela não ia competir e arriscar sua vida.
– Finja que eu não disse nada! Disse Marcela.
–
– Como eu disse antes, a criança é uma escolha minha. Daqui para frente, não importa o que aconteça, não tem mais nada a ver com William. – Insistiu Liliane,
sorrindo de leve.
Depois de jantar, Marcela levou Liliane de volta ao Apartamento Vista Bela.
Mal chegou em casa, o celular tocou. Era Eduardo.
– Liliane, você tem um momento? – Perguntou Eduadto.
Liliane olhou para o relógio.
–
O que há? – Respondeu Liliane.
+15 BOHUS
– Minha pergunta pode parecer invasiva, mas depois de ouvir sobre isso hoje, não consegui evitar perguntar. Disse Eduardo, hesitante.
Diga. Falou Liliane.
–
– Liliane, você foi adotada, certo? Perguntou Eduardo, a voz dele transmitia
nervosismo.
– Você está investigando minha vida? Retrucou Liliane, com frieza,
Eduardo se apressou em explicar:
– Não, hoje, durante o jantar com amigos, ouvi falar do incêndio no Orfanato Nuvem. Quando mencionaram seu nome, não pude deixar de perguntar. Me desculpe pela
intromissão. – Explicou ele, com pressa.
Ao ouvir isso, Liliane suavizou um pouco.
Sim, fui adotada por minha mãe. – Respondeu Liliane, depois de um breve silêncio.
Eduardo ficou em silêncio.
Se não fosse pelo visor indicando que a ligação ainda estava ativa, Liliane teria pensado que Eduardo havia desligado a chamada.
Amanhã é Natal, como você vai passar? – Perguntou Eduardo, depois de um tempo.
Passarei sozinha. Respondeu Liliane com calma. Não via necessidade em explicar seus assuntos pessoais para os outros, continuou. Se não houver mais nada, eu vou
desligar. Até logo.
—
Sem esperar pela resposta de Eduardo, Liliane encerrou a chamada.
A maneira como Eduardo falava era óbvia demais, quase revelando que ela era a irmā perdida dele. Os dramas da família Lima eram coisas que não poderiam
acontecer com ela.
Ela nunca sonhou com isso, nunca.
Natal
Liliane se levantou cedo e foi até a floricultura, comprando dois buqués de
crisantemos brancos antes de ir para o cemiterio Ao chegar lá, ela colocou os dois
buques diante das lapides de Nelson e Fátima
Então, ela pegou um lenço e começou a limpar a poeira que havia caido sobre a foto
de Fatima.
Mãe, hoje é Natal, eu vim te fazer companhia. Murmurou Liliane. Com lágrimas
nos olhos, ela
acariciou a foto e continuou. – Eu visitei o orfanato, mas não encontrei informações. Agora, peço ao Sr. Mateus que me ajude a investigar. Mãe, eu realmente quero saber quem sou. Por favor, não fique brava comigo por começar a investigar tão cedo. So
quero recuperar o que perdi….
Ao terminar de falar, de repente, ela ouviu passos atrás dela. Content © provided by NôvelDrama.Org.
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Capitulo 70